“Deus se revelou ao homem e esta revelação ficou registrada na Bíblia (biblos=coleção de livros). Nascida no oriente e revestida de linguagem, do simbolismo e das formas de pensar tipicamente orientais, as Escrituras têm, não obstante, uma mensagem para a humanidade toda. Não narram uma revelação a uma só pessoa como os demais livros religiosos, mas uma revelação progressiva arraigada à história de um povo.”
A Bíblia é uma biblioteca de 66 livros escritos por 40 autores num período de 1500 anos; apesar disso, nela existe um único tema a REDENÇÃO DO HOMEM.
Divide-se assim:
1. O Antigo testamento: a preparação do Redentor- Anuncio do Redentor- Preparação do POVO.
2. Os Evangelhos: a manifestação do Redentor
3. Os Atos: a proclamação da mensagem do Redentor
4. As Epistolas: a explicação da Obra do Redentor (Jesus).
5. O apocalipse: a consumação da obra do Redentor
O Antigo Testamento trata do relacionamento de Deus com o povo escolhido para ser o exemplo de homens e mulheres que servem a um único Senhor. O povo Hebreu foi chamado para serem: O depositário da Palavra Divina, ser a testemunha do único Deus verdadeiro perante as nações e ser o meio pelo qual viesse o Redentor.
Povo Hebreu:
Depositário da Palavra
Testemunha do único Deus
E meio pelo qual o Messias viria.
O Antigo Testamento divide-se assim:
O Pentateuco ou a Lei: Gênesis a Deuteronômio 5 livros
Históricos Josué a Ester 12 livros
Poéticos Jó a Cantares 5 livros
Proféticos Isaías a Malaquias 17 livros
INTRODUÇÃO:
Nome que provém do grego da versão da Septuaginta do século III a.C. pentateujos (cinco pergaminhos ou livro em cinco volumes).
Conhecido pelos judeus como “sefer hattôra” (livro da Lei), ou “hattôra” (a Lei), também conhecido como a Lei de Moisés.
AUTORIA:
Muitos trechos contém frases, nomes e costumes do Egito, indicativos de que o autor tinha conhecimento pessoal de sua cultura e geografia, algo que aponta para a veracidade de que dificilmente teria outro escritor em Canaã, vários séculos depois de Moisés.
Também pelas referencias feitas com relação a certos materiais do tabernaculo, deduzimos que o autor conhecia a península do Sinai. Como também, a contestação dos conservadores estudiosos de que o Deuteronômio foi escrito no Período de Moisés. O ponto de referencia do autor do livro é de uma pessoa que ainda não entrou em Canaã.
A arqueologia também confirma que muitos dos acontecimentos do Livro de Gênesis são realmente históricos, como também que o Pentateuco apresenta detalhes históricos exatos.
Durante séculos judeus e cristãos aceitaram a tradição bíblica de que Moisés escreveu o Pentateuco. Outros historiadores antigos como Josefo, Filó e inclusive o Talmude, aceitaram unicamente a autoria de Moisés.
O único ponto discutível está em relação à morte de Moisés (Dt 34.5). Filo e Josefo afirmam que Moisés narrou sua própria morte. Porém o Talmude atribui a Josué os últimos oito versículos do Pentateuco.
Certas partes importantes são atribuídas a Moisés (Ex 17.14; Dt 31:24-26).
Outros livros do V.T. atribuem como obra de Moisés (Ed 3.2; Ne 8.1).
Os autores do N.T. concordam com sua autoria (At 13.39; 15.5; Hb 10.28; II Co 3.15).
Jesus confirma a autoria de Moisés para o Pentateuco (Jo 5.46).
Há razão ainda para se duvidar de que o grande líder do Êxodo foi seu autor?
PANORAMA CRONOLÓGICO:
O Prólogo:
Pentateuco começa narrando à criação e o desenvolvimento dos primeiros homens na terra (Gn 1.11).
O homem é o evento destacado desta parte das Escrituras. O homem é a criação maior de Deus e é subordinado a Ele. A sua condição especial é danificada pela sua aspiração superior, a qual corrompe seu relacionamento com Deus e com o resto da criação.
A figura do pecado cerca todos os eventos da vida do homem, não havendo coisa alguma que não tenha sido alcançada por este. Deste modo Deus intervém com uma mistura de Justiça e redenção em um plano eterno.
Apesar das diversas vezes a corrupção humana se manifestar em contradição a Deus, isto não impede que Ele procure o bem estar e a bem-aventurança do homem. Por este motivo Deus escolhe um homem com o qual faria efetiva a sua intenção de alcançar o gênero humano.
Eleição:
O Velho Testamento descreve o povo de Israel como a nação que tem como fundador Abraão. Os cristãos também aceitam a sua importância como aqueles que são parte do povo de Deus (Rm 4.16) com significado atual.
A idéia da eleição de um povo revela dois aspectos: promessa e responsabilidade. A Abraão são feitas muitas promessas: 1) povo numeroso; 2) herança duma terra; 3) Uma benção especial; Estas promessas não só alcançariam os descendentes, mas todos os homens.
Porém as promessas de Deus são condicionadas à responsabilidade de como administrar tais promessas. Assim outros devem usufruir tais bênçãos. Por esta razão a história de Israel deve ser vista em relação a como Israel cumpriu tal responsabilidade.
A ALIANÇA:
Para a tradição hebraica: aliança significa vínculo de todos os relacionamentos humanos, deste modo no relacionamento de Deus com o homem é necessário que este seja manifesto com alianças. No Pentateuco se descreve três ocasiões distintas de alianças.
1) Noé (Gn 9.9).
2) Abraão (Gn 15.18; 17.4).
3) Sinai (Ex 24.7).
Mais importante que a formulação da aliança, é seu significado teológico:
1) Era baseado na iniciativa de Deus, atuando com soberania e misericórdia;
2) Implicava uma nova revelação de Deus, Ele manifestava-se com diferentes nomes e títulos (Gn 15.1; 17.1; Ex 3.14; 20.2).
3) Impunha exigências morais e rituais ao povo. As diferentes exigências civis, morais, ritualistas e cerimoniais apontavam para o fato de que o povo se relacionava com um Deus Santo. Deus exige que seu povo reflita o seu caráter tanto no culto como no comportamento.
A LEI:
A Lei é básica e essencial no Pentateuco. Sua forma simples e tradicional está nos Dez Mandamentos (Ex 20; Dt 5), os quais devem ser classificados em:
1) Livro da Aliança (Êx 21-23);
2) O Código de Santidade (Lev 14-26);
3) A Lei de Deuteronômio (Dt 12-26).
Apesar de encontrar semelhanças com outros tipos de Leis contemporâneas de outras civilizações, mais significantes são suas diferenças:
Monoteísmo pleno (um único Deus);
Preocupação com tudo que está em devastação, escravos, estrangeiros, órfãos, viúvas, etc.
Seu espírito comunitário baseado o relacionamento da Aliança.
Um outro aspecto da Lei é que esta era bem definida em relação ao cumprimento, isto é farás ou não farás! A Lei tem um mandamento específico para cada situação específica dentro da experiência da esfera humana.
O objetivo das Leis cerimoniais e rituais foi guiar a administração diária da vida em Israel, e ensinar como o povo deveria adorar a Deus no contexto deles. Cada norma para cada rito era acompanhada de instruções detalhadas para a preservação da pureza ritual, assim como o povo devia manter-se na pureza em relação à religião externa. Deveriam aproximar-se de Deus com a própria particularidade moral e ritual.
Assim a Lei manifesta sua aplicação e plenitude espiritual em Cristo Jesus!!!
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