Gênesis 2:4-25. Podemos ver solicitude de Deus pelo homem nos seguintes fatos:
- Colocou-o no Jardim do Édem (delicia ou paraíso), um ambiente agradável, protegido e bem regado.
- Deus proveu para Adão uma companheira idônea (semelhante ou adequada), instituindo assim o matrimonio. Deve ser monógamo, pois Deus criou uma só mulher para um homem, deve ser exclusivista, porque deixará o varão seu pai e sua mãe, deve ser uma união estreita e indissolúvel, apegar-se-á a sua mulher e serão ambos uma só carne. Ensina-se aqui a igualdade e a dependência mútua dos sexos. “Nem o varão é sem a mulher, nem a mulher sem o varão” (I Co 11:11). Um não é completo sem o outro. O comentarista, Matthew Henry, observa que a mulher não foi formada da cabeça, para que não exerça domínio sobre o marido, nem de seus pés, para que não seja pisada por ele, mas de seu lado, retirando uma de suas costelas, para ser igual a ele, e de perto de seu coração, para ser amada por ele.
- Deus concedeu a Adão ampla inteligência, pois ele podia dar nomes a todos os animais.
- Deus mantinha comunhão com o homem (3.8), e assim o homem podia cumprir seu mais elevado fim, relacionar-se com seu criador.
- Deus pos o casal à prova quanto à arvore da ciência do bem e do mal. Mas, em que forma isto nos revela que Deus tinha solicitude pelos primeiros homens? Para os filhos de Deus as provas são oportunidades de demonstra-lhes amor, obedecendo a ele. Também constituem um meio de desenvolver seu caráter e santidade. Adão e Eva foram criados inocentes, porém a santidade é mais do que a inocência, é a pureza mantida na hora da tentação!
A queda e suas conseqüências
O drama do capitulo 2 e 3 de Gênesis revela como os humanos tornaram-se pecadores e corromperam a ordem criada mediante a desobediência deliberada. Em conseqüência da ação deles, o mundo da experiência humana ficou fragmentado, alienado e caótico. O drama insiste que a humanidade, não Deus, é culpada pela corrupção do mundo de Deus.
Elementos envolvidos no processo:
A serpente. Embora seja apresentada como animal comum, o texto chama a atenção para sua astúcia que a distingue dos outros animais. O texto não registra nenhum espanto por parte de Eva pelo fato da serpente falar com ela, há quem pense que a serpente, antes desse episodio, andava ereta, e que na maldição pronunciada por Deus sobre ela, foi condenada a andar sobre seu ventre. Alguns estudiosos afirmam que o artigo definido a serpente em Gênesis 3.1 é enfático, por isso se refere a uma serpente especial, um réptil que estava sendo influenciado por Satanás, ou personificado por ele. Parece que Satanás realizou um milagre diabólico. Seja qual for a questão, o certo é que Satanás foi a causa original da tentação, do pecado, e sobre isso não paira dúvidas (Ap 12.9; 20.2).
A árvore do conhecimento do bem e do mal. Muitos estudiosos afirmam que esta árvore na se diferenciava em nada das outras; o que a tornava especial era apenas a recomendação do criador para que não comessem do seu fruto, sob pena de morte. A árvore não tinha poder em si para dar conhecimento, ela seria apenas um meio usado por Deus para pôr em prova a fidelidade e obediência do homem. Obedecendo a Deus, o homem permaneceria inocente, desobedecendo pecaria, e do pecado viria a consciência do mal. A questão não estava na arvore, mas na atitude do homem perante a ordem divina.
A mulher e o homem. Nem Deus nem o homem são autores do pecado, pois é algo que vem de fora, mediante a serpente (Satanás, cf. II Co 11.14; Ap 12.9 e 20.2). Observe que a tentação está associada a duvida relativa à Palavra de Deus: “Deus disse”. São estes os estágios da tentação:
- A curiosidade e a desconfiança despertadas em Eva.
- Insinuação da tríplice duvida com referencia a Deus: sua bondade no tocante a restrição; sua retidão relativamente a afirmação de que morreriam; e sua santidade quando Satanás assevera que ao contrario de morrerem, “como Deus sereis, conhecedores do bem e do mal”, assim essa tríplice duvida conduz a:
- Incredulidade, que por sua vez se desfecha na...
- Desobediência!
A punição
Para a serpente, seria maldita entre todos os animais, andaria sobre o ventre, alimentar-se-ia do pó; seria inimiga da mulher, e de sua descendência.
Para a mulher, todo o período de gestação seria acompanhado de dores, no momento do parto aumentariam essas dores, o desejo dela seria para seu marido e ele a governaria. Esse desejo é de natureza física, uma dependência emocional e física ligaria a mulher a seu marido.
Para o homem, proveria seu sustento com fadigas e aflições, pois sua plantação seria invadida por espinhos e abrolhos, ele foi à razão da maldição de toda a terra; perdeu o direito a vida eterna, e conheceu a morte espiritual, foi lançado fora do jardim do Éden (Gn 3.23-24).
O começo da civilização
Caim e Abel. Filhos de Adão e Eva. Caim significa aquisição, e Abel, vaidade.
Eles tinham temperamentos, personalidades e profissões diferentes, ambos foram criados no mesmo contexto, contudo eram opostos entre si. Caim era agricultor e Abel pastor de ovelhas.
Uma oferta ao Senhor (Gn 4.3), esta expressão sugere haver um determinado lugar para o culto e a manifestação de Deus, (Gn 4.14).
Como se iniciou o costume do culto e sacrifício?
Fez o Senhor vestimentas de peles para Adão e sua mulher (3.21). Os comentadores observam sobre como esse primeiro sacrifício, realizado pelo próprio Deus, lançou base para o sistema sacrificial de fé para os hebreus. Depois da queda eles sentiram necessidade de ofertar sacrifício a Deus para ter comunhão com Ele, e assim se desenrola o sacrifício dos irmãos, Caim e Abel. Caim ofertou a Deus as primícias do campo, contudo seu coração estava repleto de hipocrisia (Hb 11.4), e Abel um novilho cevado. Deus, contudo aceitou apenas a oferta de Abel, que era sincera, e isso acendeu a ira de Caim, fazendo-o praticar o 1° homicídio, contra seu irmão.
Depois de ter matado Abel, Caim retirou-se da presença de Deus e habitou na terra de Node.
O Dilúvio (Gênesis 6-9)
A data e a extensão do dilúvio
É impossível determinar a data exata do dilúvio. As estimativas o colocam entre 13.000 e 3.000 a.C.
Argumentos para o dilúvio universal:
- As palavras de Gênesis 6-9 são mais bem interpretadas como dilúvio universal (cf. 7.19-23);
- As tradições sobre o dilúvio, comuns a muitos povos espalhados pelo mundo, fato que todos os povos são descendentes de Noé.
- A extraordinária fonte de água (7.11);
- A duração do dilúvio, já que uma inundação local teria baixado em alguns dias;
- A capacidade ilimitada de Deus para agir na história.
Argumentos contra o dilúvio universal:
- A quantidade de águas para cobrir toda a Terra, seria oito vezes maior do que a existente;
- Os problemas práticos para abrigar e alimentar todos os animais durante um ano;
- A destruição de toda vida vegetal submersa em sal e água por 1 ano;
- A idéia de que para destruir a raça humana era necessária apenas uma inundação cobrindo as áreas habitadas da Terra naquele tempo;
- A falta de divergências geológicas de um cataclismo mundial.
O sacrifício de Noé
O mundo foi purificado pelo o juízo de Deus. Após o dilúvio, a primeira atitude de Noé foi oferecer holocausto ao Senhor.
O pacto de Deus com Noé
Nesse aspecto podem ser visto os seguintes elementos:
- Elementos do pacto Adâmico foram confirmados (8.21);
- Uma nova ordem de natureza foi estabelecida (9.1-6);
- O governo humano e a pena capital foram estabelecidos;
- Não mais haverá um juízo divino por meio de um dilúvio universal (8.21 9.1);
- A providencia divina, sobre toda vida, com vistas a sua preservação, estava garantida (9.10-11). Deus nunca deixaria de ser benévolo.
Benção e maldição de Noé
“Noé, o homem justo perante o mundo, caiu no pecado da embriagues em seu próprio lar”. Os longos anos de fidelidade não garantem que o homem seja imune a novas tentações.
Os descendentes de Noé
Através dos filhos de Noé (Sem, Cão e Jafé), Deus haveria de cumprir seus propósitos:
- Multiplicar a espécie humana (9.1);
- Habitar e administrar a Terra, através da dispersão das famílias e nações (9.7);
- Preservar a linhagem da qual suscitaria o redentor prometido (3.15; 4.26).
A família de Noé saiu da arca nas montanhas de Ararate. Muitos acham difícil a escalada do monte. Pode ser que a arca depois de descansar no monte, flutuou para outro lugar de maior facilidade, onde a família e os animais desembarcaram. Daí retornaram para a Babilônia, seu lar, antes do dilúvio, isto porque ali era melhor para o cultivo, pois possivelmente na região de desembarque as terras não eram propicias a agricultura.
Uma língua universal
Em toda a terra havia uma só linguagem e uma só maneira de falar. Todas as nações formavam um único povo, preservando um único idioma. Ninguém sabe ao certo que língua era essa, sua origem.
Morris afirma: “Depois do dilúvio, os descendentes imediatos de Noé falavam a mesma língua, como é natural, a língua falada pelos homens que viveram o período antediluviano. É possível que essa língua fosse semita, uma vê que todos os nomes próprios de pessoas e lugares no período anterior a Babel só tem sentido na língua hebraica em si e em suas cognatas”.
A confusão das Línguas: Dispersão na Torre de Babel (11:7-32)
Torre de Babel – uma torre com o topo no céu!
Os homens ousaram tocar os céus, e assim construíram uma Torre, a finalidade dela poderia ter sido para a provisão dos meios de segurança e refúgio. O período histórico da construção da torre seria a quarta geração após o dilúvio, 101 anos depois, e 326 antes da chamada de Abraão. A falta maior na edificação da Torre estava no fato de estarem desobedecendo a uma ordem de Deus.
Dentre os motivos pelos quais, Deus confundiu as línguas temos:
- Rebelião a vontade revelada de Deus (9:1; 11:4);
- Soberba e exaltação humana (11:4);
- Exclusão de Deus dos planos humanos. Ao glorificarem seus próprios nomes, esqueceram-se do nome de Deus (11:4);
- Adoração e idolatria aos deuses e astros.
“Essa divisão provocada por Deus, pois, foi feita a fim de provocar uma união de acordo com seus próprios termos, e não em harmonia com a falsa e emblemática união dos homens antes da Torre de Babel. Essa união dos homens, como sempre acontece, terminou em confusão. Mas a união segundo Deus sempre termina em salvação” – R. N. Champlim.
Os descendentes de Sem
O autor sagrado volta-se para a genealogia de Sem a fim de apresentar-nos a figura de Abraão, por meio de quem haveria de surgir em cena a nação de Israel, e dela Cristo viria ao mundo. Esta seção assinala um ponto de partida no Livro de Gênesis. Da consideração da raça inteira, a atenção é focalizada sobre uma família genealógica, cuja cabeça, torna-se o casal para a realização do plano divino de redenção.
A HISTÓRIA DO POVO ESCOLHIDO
1) A vida de Abraão.
A) Seu chamado divino, cap. 12.
B) A história de Abraão e Ló, caps. 13-14.
C) As revelações divinas e as promessas a Abraão, particularmente a promessa de um filho, da posse da Terra Santa, e de uma grande posteridade, caps. 15-17.
D) Sua intercessão em favor das cidades da planície, e a destruição delas, cap. 18-19.
E) Sua vida em Gerar, e o cumprimento da promessa de um filho no nascimento de Isaque, caps. 20-21.
F) A prova de sua obediência por ocasião da ordem divina de sacrificar a Isaque, cap. 22.
G) Sua morte, 25:8.
2) A vida de Isaque.
A) Seu nascimento, 21.3.
B) Seu casamento, cap. 24.
C) O nascimento dos filhos Jacó e Esaú, 25:20-26.
D) Seus últimos anos, caps. 26-27.
3) A vida de Jacó.
A) Sua astúcia para adquirir o direito de primogenitura, 27:1-29.
B) Sua visão da escada celestial, 28:10-22.
C) Os incidentes relacionados com seu matrimonio e sua vida em Padã-Arã, caps. 29-31.
4) A vida de Esaú.
5) A vida de José.
O filho de Jacó, que de escravo se tornou em governador do Egito, caps. 37-50.
OS CINCO GRANDES PERSONAGENS ESPIRITUAIS DO LIVRO
1) ENOQUE, o homem que “caminhou com Deus”.
2) NÓE, o construtor da arca.
3) ABRÃAO, o pai de muitas nações.
4) JACÓ, o homem cuja vida foi transformada pela oração.
5) JOSÉ, o filho de Jacó, que de escravo tornou-se governador do Egito.
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