sexta-feira, 29 de abril de 2011

O LIVRO DE ÊXODO


Para os judeus este foi o grande ato salvador de Deus. Todas as gerações posteriores deveriam recordar com agradecimento, pois foi à intervenção miraculosa de Deus como resposta aos lamentos do Seu povo escravizado e grande triunfo sobre os deuses do Egito demonstrando assim sua total supremacia.
Foi o momento histórico lembrado pelas gerações na Festa da Páscoa, a qual fala da misericórdia e ao mor de Deus. Assim se estimulava a lembrança do passado e se advertia o perigo do esquecimento.
Manifesta também a ação de Deus em prover sempre o resgate para os Seus (Em Babilônia Is 51.9-11; em Cristo Lc 9.31).
Em outro aspecto manifesta também o tema deprimente da persistência dos pecados do povo de Israel, os constantes erros, e suas tristes conseqüências!

Propósito e mensagem do livro:

O livro de Êxodo relata como a família escolhida no Gênesis veio ser uma nação. Registra dois acontecimentos transcendentes da história de Israel: o livramento do Egito e a entrega do pacto da lei no Monte Sinai. O livramento do Egito possibilitava o nascimento de uma nação; o pacto da lei modelava o caráter da nação a fim de que fosse um povo santo.
O livro descreve, em parte, o desenvolvimento do antigo concerto com Abraão. As promessas que este recebeu de Deus incluíam um território próprio, uma descendência numerosa que chegaria a ser uma nação e benção para todos os povos por meio de Abraão e sua descendência. Primeiro Deus multiplica seu povo no Egito, depois o livra da escravidão e a seguir o constitui uma grande nação.
Êxodo é um livro de redenção. O redentor Jeová não somente livra seu povo da servidão egípcia mediante seu poder manifesto nas pragas, mas também redime por sangue, simbolizando o cordeiro pascoal. A páscoa ocupa lugar central na revelação de Deus a seu povo, tanto no Antigo Pacto como no Novo Pacto, pois o cordeiro pascoal é o símbolo profético do sacrifício de Cristo. Por isso a festa da páscoa converteu-se na comemoração da nossa redenção (Lucas 22:7-20).
Também em Êxodo o Senhor prove para seu povo redimido tudo o que ele necessita espiritualmente: os israelitas precisam de uma revelação do caráter de Deus e da norma de conduta que ele exige; ele lhes dá a lei, mas também faz aliança com eles estabelecendo uma relação incomparável e fazendo-os seu especial tesouro. Os hebreus redargüidos de pecado pela lei, necessitam de purificação, e o Senhor lhes proporcionou um sistema de sacrifícios. Necessitam aproximar-se de Deus e prestar-lhe culto, e Deus lhes dá o tabernaculo e ordena um sacerdócio. Tudo isto tem finalidade divina de que seja uma nação santa em reino de sacerdotes.
Êxodo jorra luz sobre o caráter de Deus. No livramento de seu povo vê-se que é misericordioso e poderoso. A lei revela que ele é santo; o tabernaculo revela que ele é acessível mediante sacrifício aceitável.
É evidente o paralelo entre o livramento dos escravos israelitas e um maior êxodo espiritual efetuado pela obra e pessoa de Cristo Jesus. O Egito vem a ser um símbolo do mundo pecaminoso; os egípcios, símbolo de pecadores escravizados; Moisés simboliza o redentor divino que livra o seu povo mediante poder e sangue e o conduz à terra prometida.


A PEREGRINAÇÃO DE ISRAEL COMO UM TIPO DE VIDA CRISTÃ
 (Conforme ICo 10:1-11).

A escravidão no Egito. Um tipo de escravidão do pecado.
Moisés surge como um libertador do povo de Deus, tipificando Cristo.
O cordeiro da páscoa tipifica Cristo que é o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
A perseguição de Israel por parte de Faraó, 14:8-9. Um tipo das forças do mal que perseguem os crentes da época.
A divisão do Mar Vermelho, 14:21. Onde parte dos impedimentos para a travessia é removida, o sobrenatural em ação.
A coluna de nuvem e fogo, 14:19-20,  tipificando a presença divina sobre Israel.
O Cântico de Moisés, 15:1-19, um louvor de vitória espiritual.
A multidão mista, 12.38, tipificando gente mundana no meio da Igreja.
Mara e Elim, 15:23-27, um tipo das experiências amargas e doces da vida espiritual.
As panelas da carne, 16.3, um tipo dos prazeres sensuais da vida passada.
O maná, 16:4, Um tipo de Cristo, como Pão da Vida.
O água da rocha, 17.6, Cristo como Água da Vida, ICo 10.4.
Sustentar erguidas as mãos de Moisés, 17.12, a necessidade da cooperação dos irmãos e os líderes.
Na estrutura do Tabernaculo – seus utensílios, suas ordenanças, as vestes sacerdotais, a arca da aliança, etc. – estão muitos tipos de Cristo e da Igreja.

TÍTULO: Êxodo significa “saída” e a versão grega deu ao livro esse título porque ele narra o grande evento da historia de Israel: a saída do povo de Deus do Egito. Ele é o elo indispensável do Pentateuco, pois conta a história do povo hebreu iniciada em Gênesis. É a figura de Moisés que domina quase todo o relato do livro de êxodo. Os assuntos do sistema sacerdotal e da Lei de santidade iniciados nele, por sua vez, se desenvolvem em Levítico. Também a história da caminhada de Israel para a Terra prometida, a qual constitui a maior parte de números, encontra seu principio em Êxodo. Finalmente acha-se em Deuteronômio um eco tanto de Números quanto de Êxodo. Por isso, ao livro de Êxodo chama-se o coração do Pentateuco.

AUTOR E PERSONAGEM CENTRAL:

MOISÉS, comumente aceito como sendo seu autor.

TEMA PRINCIPAL:

Deus redime o seu povo e o transforma em uma grande nação.

PALAVRA CHAVE: Libertação!

Relata quatro períodos da historia de Israel:
1) O Período do Cativeiro.
A) A opressão do Egito, cap. 1:7-22.
B) Os primeiros anos da vida de Moisés.
  • Seu nascimento e adoção, 2:1-10.
  • Sua intenção de ajudar os irmãos, 2:11-14.
  • Sua fuga para Mídia, 2:15.
  • Seu casamento, 2:21.
  • Passam 40 anos! At. 7:30.
2) O Período da Libertação.
A) A chamada de Moisés na sarça ardente, 3:1-10.
B) Sua comissão e capacitação divina, 3:12-22; 4:1-9.
C) Suas desculpas, 3:11; 4:10-13.
D) Arão se associa com Moises e ambos pedem a Faraó a libertação do povo de Israel, 4:27-31; 5:1-3.
E) A severidade da escravidão se acentua; 5:5-23.
F) Instruções divinas a Moisés e a Arão, caps 6-7.
G) A contenda com Faraó e a aflição com as dez pragas, caps 7-11.
H) A páscoa, cap 12.
3) O Período da Disciplina.
A) O Êxodo, 12:31-51.
B) As experiências do caminho até o Monte Sinai, caps 13-18.
4) O Período da Organização e da Legislação.

A) A chegada ao Sinai, 19:1-2.
B) A aparição do Senhor no Monte, cap. 19.
C) A promulgação dos dez mandamentos, cap. 20.
D) Proclamação de outras Leis, caps. 21-24.
E) Orientação acerca da edificação do Tabernaculo, caps. 25-27.
F) A designação do sumo sacerdote, cap. 28.
G) A adoração do bezerro de ouro, cap 32
H) A preparação e a construção do Tabernaculo, caps. 35-40.


O ÊXODO ISRAELITA

Havia muita gente (Aproximadamente entre 1,8 milhão a 3 milhões)!
Carregavam muita bagagem!
Passaram muito tempo (40 anos)!
Viviam numa situação muito incomoda, pois tinha a sensação de permanência, uma enorme sucessão de entre e sai, faz e desfaz malas, arma e desarma acampamento!
Tinham relacionamentos difíceis!
Total e involuntária dependência de Deus!
Havia muito pecado entre eles!
Muita disciplina, porque Deus é santo e justo!
Muito êxito! O Êxodo de Israel foi um êxito de Deus!

Durante o Êxodo, Deus se revelou de maneira marcante, acabou com a pluralidade de deuses, condenou a adoração de imagens, mostrou a sua soberania e providencia, proclamou a sua justiça e misericórdia e providenciou os códigos de fé e conduta.

O ÊXODO CRISTÃO

Nós também fomos resgatados de uma situação de opressão!
Nós também estamos a caminho da Canaã celestial!
Nós também temos a companhia de muitas pessoas estranhas!
Nós também estamos rodeados de inimigos!
Nós também celebramos a nossa páscoa!
Nós também temos pressa para chegar à nossa Canaã!
Nós somos o Israel de Deus hoje!

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